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sexta-feira



CAPITULO 1

1 - DEPOIS DA MORTE de Moisés, homem que servia ao Senhor, Deus falou ao assistente de
Moisés chamado Josué, filho de Num:
2 a 5 - "Agora que o meu servo Moisés está morto, você passa a funcionar como o novo chefe
do povo de Israel. Prepare-se e guie este povo, atravessando com ele o rio Jordão e indo à
frente dele à terra prometida. O que prometi a Moisés, repito a você: 'Todo o terreno onde
vocês pisarem, eu darei aos descendentes de Israel: o território que vai desde o deserto ao
sul, até às montanhas do Líbano, ao norte; desde o Mar Mediterrâneo, a oeste, até ao rio
Eufrates, a leste; e ainda toda a terra dos heteus. São estes os limites da nação.' Ninguém
será capaz de impedir a sua marcha enquanto você viver, pois Eu estarei ao seu lado, assim
como estive com Moisés: não o abandonarei nem deixarei de ajudar você.
6 a 9 - "Seja forte e corajoso! Você terá sucesso como chefe do meu povo e vai conquistar a
terra que prometi. Veja lá! Basta que você seja forte e valente e tenha o cuidado de obedecer
a todas as leis que Moisés ordenou. Se você quer ter sucesso em tudo o que vai fazer, seja
obediente a todos os pontos da Lei, sem nenhum desvio para cá ou para lá. Não se canse de
lembrar ao povo as leis deste Livro, e você mesmo trate de meditar nelas todos os dias e todas
as noites, para ter certeza de que está sendo obediente em tudo que está escrito. Só assim
você poderá ter sucesso. Digo e repito: Seja forte e corajoso! Nada de desânimo! Não fique
com medo! Lembre-se bem: o Senhor seu Deus está com você, esteja onde estiver!"
10 e 11 - Então Josué deu instruções aos oficiais de Israel a fim de suprirem e equiparem o
povo para a travessia do rio Jordão. Disse Josué: "Daqui a três dias nós vamos atravessar o
rio, vamos conquistar a terra que Deus prometeu e lá viveremos!"
12 a 15 - Depois ele convocou os chefes das tribos de Ruben, de Gade e da meia tribo de
Manassés e fez com que eles lembrassem o seguinte acordo feito com Moisés: "O Senhor deu
a vocês descanso e esta terra deste lado do Jordão. Portanto, as mulheres, as crianças e o
gado podem ficar aqui. Mas as suas tropas bem armadas e sem faltar nenhum dos guerreiros
têm de ir na frente das outras tribos, atravessando o Jordão e ajudando a conquistar o
território, no outro lado do rio. Fiquem lá até que conquistem tudo o que têm de conquistar. Só
depois disto é que vocês poderão voltar e ocupar o seu território aqui a leste do Jordão."
16 - Eles concordaram com isso tudo e prometeram obedecer a Josué como comandante deles.
17 e 18 - "Obedeceremos às suas ordens como obedecemos a Moisés", afirmaram eles. Que o
Senhor Deus esteja com você, como esteve com Moisés, Se algum dos nossos homens - seja
quem for - se rebelar contra as suas ordens, morrerá! Olhe! Só queremos que você continue
com ânimo e com coragem! "

CAPITULO 2

1, 2 e 3 - DO ACAMPAMENTO de Sitim, Josué enviou dois espiões ao outro lado do Jordão, para
examinarem a situação, principalmente em Jericó. Eles foram para lá e ficaram na pensão da
prostituta Raabe. Mas durante a noite alguém informou ao rei de Jericó que espiões israelitas
estavam na cidade. Ele mandou soldados à casa de Raabe, exigindo que ela entregasse os
homens, porque eram espiões. Disseram a Raabe, obedecendo ao rei: "Esses homens foram
enviados pelos chefes dos israelitas para verem o melhor modo de atacar a nossa cidade."
4 e 5 - Raabe, porém, tinha escondido os israelitas. Por isso ela disse ao oficial encarregado:
"Os homens estiveram aqui mais cedo, mas eu não sabia que eram espiões. Eles saíram ao
anoitecer, quase na hora de fechar as portas da cidade. Não sei para onde foram. Se vocês
andarem depressa, pode ser que alcancem os dois!"
6 a 8 - Mas o fato era que ele havia escondido os homens entre as fibras de linho postas a
secar no terraço do teto. Então os soldados saíram em busca dos espiões, até chegarem à
parte rasa do rio Jordão. Enquanto isso, as portas de Jericó ficaram fechadas. Antes que os
espiões dormissem no terraço, Raabe foi falar com eles.
9 a 13 - "Sei muito bem que o Senhor Deus que vocês adoram vai entregar o meu país a
Israel", disse ela. "Nós todos estamos morrendo de medo! Todos os habitantes de Jericó estão
apavorados! Isso porque já chegou aqui a notícia de como o Senhor abriu caminho através do
Mar Vermelho, quando vocês saíram do Egito! Sabemos também o que vocês fizeram a Seom e
a Ogue, reis dos amorreus, no outro lado do Jordão; como devastaram as terras e destruíram
aqueles povos. Não é de admirar que estejamos com tanto medo! Depois de ouvir essas
informações, ninguém mais teve coragem, pois o Deus do povo de Israel não é um deus
qualquer: é o supremo Deus do céu e da terra. Agora só peço uma coisa: Jurem pelo Senhor
Deus que vão ter misericórdia da minha família como tive de vocês; e quando Jericó for
atacada, vocês darão um sinal bem claro para proteger meus pais e irmãos e salvar as nossas
vidas."
14 e 15 - Os homens concordaram. "Se você não denunciar a nossa presença, tomaremos
providências para que você e a sua família não corram perigo," prometeram eles. "Damos
nossa palavra de que arriscaremos a vida para salvar vocês. Faremos isso com misericórdia e
fidelidade." A casa de Raabe ficava sobre o muro da cidade. Então ela arranjou uma corda e
amarrou numa janela; assim os espiões desceram.
16 - "Fujam para as montanhas," disse ainda a mulher. "Fiquem escondidos por lá uns três
dias. Nesse meio tempo, os soldados que saíram à procura de vocês já estarão aqui de volta.
Então vocês poderão ir embora tranqüilos."
17 a 20 - Mas antes de sair eles tinham dito a Raabe: "Não seremos responsáveis pelo que
acontecer, se esta corda de fios vermelhos não estiver pendendo desta janela e também se
todos os seus parentes, pai, mãe, irmãos e outros - não estiverem dentro desta casa. Não
seremos responsáveis pela vida de ninguém que saia para a rua. Mas isto juramos pela nossa
vida: Quem estiver dentro desta casa não será morto nem ferido. Contudo, se você denunciar
esta nossa missão não teremos obrigação de cumprir o que prometemos."
21 a 23 - "Trato feito!", replicou ela. E deixou amarrada a corda vermelha na janela. Os
espiões foram para as montanhas e ficaram lá três dias. Enquanto isso os perseguidores
desistiram da busca e voltaram para Jericó. Então os dois espiões desceram do monte em que
estavam escondidos atravessaram o rio e contaram a Josué tudo o que tinha acontecido.
24 - Disseram a Josué: "Com toda a certeza o Senhor vai entregar nas nossas mãos a terra!
Pois aquela gente está morrendo de medo de nós!"

CAPITULO 3

1 - NO DIA SEGUINTE, bem cedo, Josué e todo o povo de Israel levantaram o Acampamento
de Sitim e partiram para o Jordão. Chegaram às margens do rio e acamparam ali por uns dias
antes de atravessar.
2 a 4 - Três dias depois os oficiais andaram pelo acampamento dando ao povo estas
instruções: "Quando vocês virem os sacerdotes carregando a Arca de Deus, vão atrás deles.
Vocês nunca estiveram no lugar para onde vamos; por isso eles vão na frente como guias. Mas
é preciso que vocês fiquem mais ou menos um quilômetro atrás deles, mantendo um espaço
livre entre vocês e a Arca. Cuidado! Não cheguem perto dela!"
5 - Então Josué disse ao povo que fizesse a cerimônia própria para purificar. "Pois amanhã,"
disse ele, "o Senhor vai fazer um grande milagre!"
6 - Também deu ordens aos sacerdotes: "Peguem a Arca do Senhor e atravessem o rio adiante
de nós!" Eles obedeceram.
7 e 8 - Disse o Senhor a Josué: "Hoje vou começar a honrar você na presença de todos. Vou
fazer isso para que todo o Israel fique sabendo que Eu estou com você, assim como estive com
Moisés. Diga aos sacerdotes que estão levando a Arca que parem na beira do rio."
9 a 11 - Depois Josué convocou o povo e disse: "Venham todos ouvir o que o Senhor Deus
disse. Hoje vocês vão ver que o Deus vivo está no meio de nós e que Ele vai expulsar da terra
prometida todos os povos que estão morando nela - os cananeus, os heteus, os heveus, os
fereseus, os girgaseus, os amorreus e os jebuseus. Vejam só! A Arca de Deus, do Deus vivo, o
Senhor do mundo inteiro, vai atravessar o rio na frente de vocês!
12 - "Escolham agora doze homens, um de cada tribo, para uma tarefa especial.
13 - "Olhem o que vai acontecer! Quando os sacerdotes que vão levando a Arca do Senhor do
mundo inteiro puserem os pés na água, as águas que vêm do lado de cima vão parar de correr
e vão ficar amontoadas, como se houvesse uma represa ali!"
14 a 16 - Pois bem, era tempo de colheita. Nesse período do ano o rio ficava transbordando de
tão cheio! Entretanto, quando o povo desarmou as tendas para partir e quando os sacerdotes
que levavam a Arca molharam os pés no Jordão, as águas que vinham do lado de cima
pararam de repente! Desde o lugar em que está situada a cidade de Adã, perto de Sartã, as
águas foram formando um montão, como se houvesse uma barreira de represa. E as águas
que corriam para baixo, para o Mar Salgado, deixaram seco o chão. Então o povo atravessou o
rio num lugar que dava de frente para a cidade de Jericó.
17 - Mas os sacerdotes que levavam a Arca do Senhor ficaram parados no meio do rio Jordão;
e todo o povo de Israel passou por eles e atravessou o rio com os pés enxutos.

CAPITULO 4

1 - QUANDO TODO O povo estava a salvo no outro lado do Jordão, o Senhor disse a Josué:
2 e 3 - "Chame os doze homens que foram escolhidos para uma tarefa especial, um de cada
tribo, e diga-lhes que apanhem doze pedras, uma cada um, do meio do rio, do lugar em que
os sacerdotes ficaram parados. Levem as pedras e façam com elas um monumento no lugar
em que Israel acampar esta noite."
4 a 7 - Assim Josué reuniu os doze homens, dizendo a eles: "Vocês vão ter de entrar no Jordão
e ir até onde está a Arca. Cada um de vocês deverá pôr uma pedra nos ombros - doze pedras
ao todo, uma para cada tribo. Com elas vamos construir um monumento, de modo que no
futuro, quando as crianças e os jovens de Israel perguntarem: 'Para que são estas pedras?',
vocês dirão: 'É para lembrar que as águas do Jordão pararam de correr quando estávamos
atravessando o rio com a Arca de Deus!' O monumento vai servir para fazer o povo lembrar
sempre deste espantoso milagre."
8 a 11 - Os homens fizeram o serviço: pegaram doze pedras no meio do rio Jordão - uma para
cada tribo conforme a ordem dada pelo Senhor a Josué. Levaram as pedras para o lugar onde
o povo estava acampado. Com elas construíram um monumento. Além disso, Josué mandou
fazer outro monumento de doze pedras no meio do rio, no lugar em que estavam parados os
sacerdotes. Este monumento lá está, até o dia de hoje. Os sacerdotes que levavam a Arca
ficaram parados no meio do rio, e dali não saíram enquanto não foram cumpridas as ordens
dadas por Deus a Josué, por meio de Moisés. Enquanto isso o povo atravessou o leito seco do
rio. Depois que todos passaram para o outro lado, o povo ficou vendo passar os sacerdotes
com a Arca.
12 e 13 - As tropas das tribos de Ruben, de Gade e da meia tribo de Manassés - uns quarenta
mil guerreiros bem armados foram na frente das outras tribos, como forças avançadas do
exército do Senhor, marchando para os campos de Jericó.
14 e 16 - Foi um dia marcante para Josué! O Senhor Deus fez com que o povo reconhecesse o
valor de Josué. E o povo passou a respeitar Josué como tinha respeitado Moisés, e não só
naquele dia, mas durante toda a vida dele! Pois foi a Josué que o Senhor ordenou: "Mande os
sacerdotes levarem a Arca." E a Josué, mesmo, o Senhor disse depois: "Mande os sacerdotes
saírem do Jordão."
17 a 20 - Josué deu a ordem. E assim que os sacerdotes saíram do leito do rio as águas
começaram a correr de novo e transbordaram como antes! Este milagre aconteceu no dia 25
de março. Nesse dia, todo o povo cruzou o rio Jordão e acampou em Gilgal, no lado oeste da
cidade de Jericó; e ali as doze pedras foram empilhadas como um monumento.
21 a 24 - Então Josué tornou a explicar a finalidade das pedras: "No futuro", disse ele,
"quando as crianças e os jovens de Israel perguntarem por que estas pedras estão aqui vocês
poderão dizer que elas estão aqui para fazer lembrar este grande milagre - que o povo de
Israel cruzou o rio Jordão pisando em terra seca! Contem como o Senhor nosso Deus secou o
rio bem diante dos nossos olhos e manteve seco o leito do rio, até que todos tivéssemos
passado! A mesma coisa que o Senhor fez quarenta anos antes no Mar Vermelho! Ele fez isso
para que todas as nações da terra vejam que o Senhor é o poderoso Deus e para que seja a
este poderoso Deus que vocês sirvam e respeitem sempre. "

CAPITULO 5

1 - NO LADO OESTE do rio Jordão viviam os amorreus, bem como os cananeus que moravam à
beira do Mar Mediterrâneo. Quando os reis desses povos ficaram sabendo que o Senhor tinha
feito secar o rio Jordão para o povo de Israel passar, isso tirou a coragem deles e ficaram
paralisados de medo!
2 e 3 - O Senhor mandou Josué separar um dia para fazer circuncidar todos os israelitas do
sexo masculino, pela segunda vez na história de Israel. O Senhor mandou fazer facas de pedra
para esse fim. O lugar em que foi realizada a circuncisão ficou conhecido como a "Colina dos
Prepúcios”.
4 e 5 - E por que foram circuncidados todos pela segunda vez? Porque os que tinham sido
circuncidados quando Israel saiu do Egito estavam mortos; e dos meninos que nasceram
durante as viagens no deserto, nenhum tinha sido circuncidado.
6 e 7 - É bom lembrar que o povo de Israel tinha ficado marchando para cá e para lá durante
quarenta anos no deserto, e os que já tinham idade para guerrear quando saíram do Egito
morreram nesse período de tempo. E ficaram esse tempo todo vagando pelo deserto porque
Israel tinha desobedecido ao Senhor. Por isso o Senhor tinha dado a palavra de que eles não
haveriam de entrar na terra prometida - "terra que mana leite e mel." Assim, Josué fez
circuncidar os que nasceram e cresceram durante a longa viagem - os quais tocaram o lugar
dos pais nas promessas de Deus.
8 e 9 - Disse o Senhor a Josué: "Hoje removi a vergonha que vocês sentiam por não estarem
circuncidados.' Daí o nome do lugar em que isso foi feito: "Gilgal" , que significa "remover".
Ainda hoje o nome é esse. Depois da cerimônia, toda a nação ficou repousando no
acampamento até que os que tinham sido operados sarassem.
10 a 12 - Enquanto os israelitas estavam acampados em Gilgal, nas planícies de Jericó,
comemoraram a Páscoa. Isso foi no dia quatorze do mês, ao anoitecer. No dia seguinte
começaram a preparar as suas refeições com os produtos do território que estavam invadindo.
Nesse dia comeram pães feitos sem fermento de cereais tostados no fogo. Como já contavam
com mantimentos da terra, do dia seguinte em diante o maná não caiu mais! Daí por diante
passaram a alimentar-se com os frutos de Canaã.
13 - Numa hora em que Josué estava observando a cidade de Jericó, apareceu um homem
empunhando uma espada. Josué aproximou-se rapidamente dele, perguntando: "Amigo ou
inimigo?!"
14 - "Nenhum dos dois. Sou o Comandante dos Exércitos do Senhor," respondeu ele. Josué
ajoelhou, pôs o rosto em terra, adorou, e disse: "Estou pronto para receber ordens!"
15 - "Tire os sapatos," disse o Comandante, "porque o lugar que você está pisando é santo."
Josué obedeceu.

CAPITULO 6

1 - AS PORTAS DE Jericó estavam muito bem trancadas porque o povo tinha medo dos
israelitas. Ninguém podia entrar nem sair.
2 a 5 - Disse o Senhor a Josué: "Jericó, o rei e todos os soldados já estão derrotados porque
Eu entreguei todos eles a vocês!
3 e 4 - Agora preste atenção: Todo o exército de Israel deve marchar em volta da cidade, uma
vez por dia, durante seis dias. Sete sacerdotes acompanharão as tropas, cada um deles
levando uma corneta feita de chifre de carneiro. No sétimo dia, as tropas marcharão em volta
da cidade sete vezes, com os sacerdotes tocando as cornetas. E quando os sacerdotes derem
um forte e longo toque de corneta, todo o exército gritará a plenos pulmões. Resultado: o
muro da cidade irá abaixo! Então o exército invadirá a cidade cada um avançando do ponto em
que estiver quando o muro cair."
6 a 9 - Josué convocou os sacerdotes e deu as instruções: os guerreiros armados deviam ir na
frente; depois, sete sacerdotes tocando corneta sem parar; depois, os sacerdotes levando a
Arca; e por último, um batalhão de retaguarda.
10 - "Temos de fazer o mais completo silêncio, fora o som das cornetas," disse Josué; e
ordenou: "Não quero ouvir nem uma palavra de ninguém, enquanto eu não disser que gritem.
Aí sim, gritem mesmo!"
11 - Já nesse dia a Arca foi carregada ao redor do muro da cidade, dando uma volta completa.
Depois, todos se reuniram no acampamento e passaram a noite ali.
12 a 14 - Na manhã seguinte, madrugada ainda, deram volta na cidade outra vez, e voltaram
para o acampamento. Fizeram isso seis dias.
15 e 16 - Na manhã do sétimo dia bem cedo, saíram de novo, só que desta vez rodearam a
cidade sete vezes. Depois da sétima volta quando os sacerdotes deram um forte e longo toque
de corneta Josué falou às tropas: "Gritem! O Senhor entregou a cidade em nossas mãos!"
17 a 19 - Antes ele já havia orientado a todos: "Todos os habitantes terão de ser mortos,
menos a prostituta Raabe e todos os que estiverem na casa dela. Isso porque ela protegeu os
nossos espiões. Vejam bem: Não peguem coisa nenhuma da cidade! Tudo tem de ser
destruído! Obedeçam, porque se não fizerem isso cairá uma terrível desgraça sobre todo o
povo de Israel! Agora notem bem; Todo o ouro e prata, bem como todos os utensílios de
bronze e de ferro, deverão ser recolhidos - mas para serem dedicados ao Senhor, e irão para o
tesouro sagrado.
20 e 21 - Assim quando os israelitas escutaram o toque das cornetas gritaram o mais alto que
puderam! E de repente os muros da cidade rebentaram e caíram! Os invasores israelitas então
penetraram por todos os lados na cidade, cada qual avançando direto do ponto em que estava
quando os muros caíram. Destruíram tudo que havia lá dentro - os homens, as mulheres, as
crianças, os velhos, os bois, as ovelhas, os jumentos - tudo!
22 - Mas Josué falou aos dois espiões: "Tratem de cumprir o que prometeram! Vão libertar
Raabe e todos os que estiverem com ela!"
23,24 - Os jovens espiões obedeceram e tiraram da cidade a Raabe com os pais, os irmãos e
outros parentes dela - como também os bens deles. Eles ficaram alojados fora do
acampamento de Israel. Os israelitas incendiaram então a cidade, queimando tudo que nela
havia - menos o ouro, a prata e os utensílios de bronze e de ferro, que foram guardados na
tesouraria da casa do Senhor.
25 - Assim Josué salvou a prostituta Raabe e os parentes que estavam com ela na sua casa.
Eles vivem até hoje entre os israelitas. Isso foi feito porque Raabe protegeu os espiões que
Josué tinha enviado a Jericó.
26 - Depois Josué fez o povo lançar terrível maldição sobre quem reconstruísse a cidade de
Jericó. Preveniu que quando fosse feito o alicerce, o filho mais velho do reconstrutor morreria,
e quando fossem colocadas as portas da cidade, morreria o filho mais moço.
27 - Assim o Senhor estava com Josué, e ele foi ficando cada vez mais famoso em toda parte!

CAPITULO 7

1 - MAS ALGUÉM HAVIA cometido pecado entre os israelitas. Foi Acã, filho de Carmi, neto de
Zabdi, e bisneto de Zera, da tribo de Judá. Pois Acã desobedeceu à ordem de destruir tudo,
menos o que devia ser reservado para a obra do Senhor! Ele pegou para si mesmo uma parte
de tais coisas. A indignação de Deus estendeu-se a todo o povo de Israel por causa disso.
2 - Pouco depois da destruição de Jericó Josué mandou alguns homens à cidade de Ai, perto de
Bete-Áven, a leste de Betel. Foram lá para espiar a cidade.
3 - Quando voltaram, prestaram este relatório a Josué: "Viva! A cidade tem tão poucos
defensores que basta mandar uns dois ou três mil homens para acabar com ela! Para que
mandar o exército inteiro?! "
4 a 6 - Assim, foram enviados apenas uns três mil homens para atacar a cidade de Ai - e eles
foram completamente derrotados! Trinta e seis israelitas foram mortos durante o ataque, e os
restantes foram perseguidos desde a porta da cidade até às pedreiras, e foram dominados! O
povo de Israel ficou apavorado! Josué e os líderes, como sinal de desespero, rasgaram as
roupas, lançaram-se ao chão, rosto em terra, e jogaram poeira sobre as cabeças - isso diante
da Arca do Senhor, até o começo da noite.
7-9 Josué clamou a Deus: '''Ó Senhor! Por que o Senhor fez o seu povo passar o rio Jordão, se
era para deixar os amorreus acabarem conosco?! Por que não ficamos do outro lado do rio?
Bem que podíamos ter ficado satisfeitos com o que já tínhamos conseguido! Ó, Senhor! Que
hei de fazer agora que Israel fugiu dos inimigos? Pois quando os cananeus e as outras nações
desta região souberem o que aconteceu, vão cercar, atacar e apagar da terra o povo de Israel.
E então, que será da honra do seu grandioso nome?!"
10 a 12 - Mas o Senhor disse a Josué: "Vamos, é inútil ficar curvado aí! Israel pecou, pois,
desobedecendo às minhas ordens, tomou coisas proibidas que eu tinha dito que não tomasse!
E quem fez isso, não só pegou aquelas coisas, mas também foi falso e escondeu o que roubou
no meio da bagagem dele. Por isso o povo de Israel está sendo derrotado. Por isso os
guerreiros israelitas estão fugindo dos inimigos. A nação desobediente está condenada!a Não
estarei mais com vocês enquanto não acabarem com esse pecado!
13 a 15 - "Ponha-se de pé! Diga ao povo: 'Cada um vai ter de se consagrar, preparando-se
para amanhã, pois o Senhor, Deus de Israel revelou que um de vocês pegou coisas proibidas, e
que não poderemos vencer os inimigos enquanto esse pecado não for enfrentado e resolvido.
Portanto, amanhã cedo vocês virão, tribo por tribo, e o Senhor vai mostrar a tribo à qual
pertence o culpado. Depois, a tribo indicada vai ser examinada, tomando cada um dos grupos
de famílias. O Senhor Deus mostrará a qual deles pertence o culpado. Esse grupo de famílias
terá de comparecer, família por família, e cada membro da família terá de vir um por um. E
quem roubou aquilo que pertence ao Senhor será lançado no fogo - ele e tudo que é dele! Pois
rompeu o contrato do Senhor com Israel, e trouxe desgraça sobre toda a nação.'"
16 a 18 - Assim, no dia seguinte, bem cedo, Josué reuniu as tribos de Israel diante do Senhor.
A tribo indicada foi a de Judá. Depois reuniu os grupos de famílias dessa tribo, e o Senhor
indicou o grupo de famílias chefiados por Zera. Então as famílias desse grupo foram postas
diante do Senhor, e a família de Zabdi foi indicada. Essa família teve de comparecer pessoa por
pessoa, e o culpado foi revelado. Era Acã, neto de Zabdi.
19 - Josué disse a Acã: "Meu filho, louve e glorifique ao Deus de Israel, e confesse tudo que
fez. Não esconda nada."
20 e 21 - Acã respondeu: "Pequei realmente contra o Senhor, o Deus de Israel. É que eu vi
uma bela capa importada da Babilônia, umas peças de prata e uma barra de ouro, valendo uns
cinqüenta siclos. Não resisti. Peguei tudo aquilo, fiz um buraco no chão da minha tenda,
coloquei a prata por baixo e por cima o ouro e a capa."
22 e 23 - Com isso Josué mandou uns homens procurarem aquelas coisas. Eles correram até à
tenda e acharam tudo enterrado Já como Acã tinha dito - a prata por baixo e o restante por
cima. Levaram os objetos a Josué, que estava reunido com o povo na presença do Senhor.
24 - Então Josué e os israelitas pegaram Acã, a prata, a capa, o ouro, os filhos, as filhas, os
bois, os jumentos, as ovelhas, a tenda, e tudo o que ele tinha, e levaram ao vale de Acor.
25 e 26 - Josué disse a Acã: "Por que você trouxe desgraça ao nosso povo? Agora o Senhor
Deus vai trazer desgraça a você!" O povo de Israel apedrejou os condenados, queimou os
corpos e tudo mais. Depois levantou sobre os destroços um montão de pedras que continua lá.
Por isso aquele lugar é chamado "Vale de Acor" até hoje. Assim apagou-se o furor da ira do
Senhor.

CAPITULO 8

1 e 2 - E O SENHOR disse a Josué: "Não fique com medo, nem perca a coragem! Reúna o
exército inteiro e vá atacar Ai, pois agora você vai conquistar aquela cidade. Olhe! Eu já
entreguei a você o rei, o povo, a cidade e todo o território de Ai. Você vai fazer com a cidade e
com o rei a mesma coisa que fez com Jericó e o rei de lá. Só que desta vez os bens poderão
ser tomados para uso dos israelitas. Antes de mais nada, ponha emboscadas por detrás da
cidade."
3 e 4 - Antes de enviar o grosso das tropas, Josué mandou de noite, na frente, trinta mil
homens valentes, para ficarem de emboscada atrás da cidade, bem perto dela, prontos para
entrar em ação.
5 a 8 - "Este é o plano," explicou Josué: "Quando o nosso exército atacar, os homens de Ai
sairão da cidade para enfrentar as nossas tropas, como da outra vez. E nós fugiremos. Vamos
deixar que eles venham em nossa perseguição até que todos estejam fora da cidade, pois vão
dizer: 'Vejam! Os israelitas estão fugindo como na primeira vez!' Então vocês saem da
emboscada e invadem a cidade - pois ela vai ser entregue a vocês pelo Senhor. Ponham fogo
na cidade, pois foi o que o Senhor ordenou."
9 - Assim, eles saíram para cumprir as ordens. Ficaram emboscados entre Betel e o lado
ocidental de Ai. Mas as tropas restantes passaram a noite no acampamento, e Josué ficou
junto com elas.
10 a 13 - Na manha seguinte, bem cedo, Josué preparou os homens, e partiram em direção a
Ai. Os líderes foram também. Pararam na beira de um vale, ficando eles ao norte de Ai.
Naquela noite Josué mandou outros cinco mil homens para juntar-se aos que estavam
emboscados a oeste da cidade. Ele porém, passou a noite neste vale que ficava entre o
exército de Josué e a cidade de Ai.
14 - Vendo o rei de Ai os israelitas do outro lado do vale, e ignorando a existência da
emboscada por trás, dirigiu os seus homens numa batalha a campo aberto, já bem cedo de
manhã.
15 a 17 - Josué e todo o exército de Israel fingiram que estavam vencidos e fugiram na direção
do deserto. Todos os soldados da cidade foram chamados para perseguir os israelitas. Nenhum
soldado ficou em Ai e Betel. As cidades ficaram sem nenhuma defesa e com as portas abertas.
18 e 19 - Então o Senhor disse a Josué: "Aponte a lança na direção de Ai, pois vou entregar
essa cidade a você." Josué obedeceu. E quando os homens emboscados viram o sinal dado por
Josué, saíram da emboscada, invadiram a cidade e puseram fogo nela.
20 a 23 - Olhando para trás, os homens de Ai viram a fumaça que subia da cidade incendiada,
e não tinham para onde ir! Quando Josué e as tropas que estavam com ele viram a fumaça,
entenderam que os homens da emboscada já tinham tomado a cidade; voltaram, pois, e se
puseram a destruir os perseguidores deles. E não ficou nisso! Os israelitas que estavam na
cidade, saíram e atacaram os inimigos pela retaguarda. Assim, os homens de Ai caíram na
armadilha e morreram todos! Não houve nenhum sobrevivente, fora o rei de Ai. Ele foi
capturado e entregue a Josué.
24 a 26 - Depois que os israelitas mataram todos os soldados inimigos pelos campos e até ao
deserto, foram à cidade e mataram todos os habitantes. Morreu naquele dia toda a população
de Ai - doze mil pessoas ao todo - pois Josué ficou com a lança apontada para lá até cair morta
a última pessoa.
27 - Mas o gado e os bens da cidade não foram destruídos. O Senhor tinha dito a Josué que os
israelitas podiam ficar com tudo.
28 - Então Ai foi reduzida a um montão de ruínas; e assim ficou até hoje.
29 - Josué mandou enforcar o rei de Ai numa árvore, mas mandou retirar o corpo de lá ao pôrdo-
sol. Depois, por ordem de Josué, lançaram o cadáver em frente da porta da cidade e
jogaram sobre ele um montão de pedras que lá está ainda hoje.
30 a 32 - Então Josué construiu um altar ao Senhor Deus de Israel no Monte Ebal, como
Moisés tinha ordenado no Livro da Lei escrito por ele: "Façam um altar de pedras brutas, não
partidas nem lavradas com ferramentas." Os sacerdotes ofereceram sacrifícios queimados e
ofertas de paz sobre o altar. E ali, aos olhos do povo de Israel, Josué gravou nas pedras uma
cópia das leis escritas por Moisés.
33 a 35 - Então todo o povo de Israel - contando os líderes, os oficiais, os juizes e os
estrangeiros que moravam com os israelitas - foram divididos em dois grupos. Metade ficou ao
pé do Monte Gerizim e metade ao pé do Monte Ebal. Os sacerdotes que levavam a Arca
ficaram entre os dois grupos, prontos para dar a bênção. Tudo foi feito de acordo com as
instruções dadas muito antes por Moisés, servo do Senhor. Tudo pronto, Josué leu para eles
todas as declarações de bênção e de maldição que Moisés tinha escrito no Livro das Leis de
Deus. Todos os mandamentos escritos por Moisés foram lidos sem ficar nenhum deles de fora.
E foram lidos diante de todo o povo reunido, incluindo as mulheres, as crianças e os
estrangeiros que viviam entre os israelitas.

CAPITULO 9

1 - QUANDO OS REIS dos territórios vizinhos ficaram sabendo o que tinha acontecido com
Jericó e com Ai, depressa resolveram unir seus exércitos para lutar contra Josué e contra os
israelitas. Eram os reis das nações que ficavam a oeste do rio Jordão, estendendo-se pela
costa do Mediterrâneo, pelas planícies e até às montanhas do Líbano, bem ao norte os heteus,
os amorreus, os cananeus, os fereseus, os hebreus e os jebuseus.
3 a 5 - Os habitantes de Gibeom, porém, agiram doutro modo. Foram esperto. Enviaram
embaixadores a Josué, usando roupas velhas - como se a viagem feita fosse muito longa -
sapatos velhos, sacos de bagagem velhos e cheios de remendos, sobre os lombos dos burros
de carga e vasilhas de couro para o vinho, velhas e remendadas. O pão que levavam estava
duro e bolorento.
6 - Chegando ao acampamento de Gilgal, disseram a Josué e aos homens de Israel: "Viemos
de uma terra distante para fazer um tratado de paz com vocês" .
7 - Os israelitas responderam a esses heveus de Gibeom: "Como podemos ter a certeza de que
vocês não vivem aqui por perto? Pois se for assim não podemos fazer nenhum tratado com
vocês."
8 - Eles replicaram: "Estamos dispostos a ser escravos de vocês." "Mas quem são vocês?",
perguntou Josué. "De onde vieram? "
9 a 13 - Eles disseram: "Somos de um país distante. Ouvimos falar do grande poder do Senhor
Deus de Israel e de tudo que Ele fez no Egito e também aos dois reis dos amorreus - Seom, rei
de Hesbom, e Ogue, rei de Basã. Por isso, os nossos líderes e o nosso povo nos deram as
seguintes instruções: 'Preparem-se para uma longa viagem; vão ao encontro dos israelitas
com uma proposta de paz, declarando que a nossa nação está disposta a ser escrava do povo
de Israel.' Estes pães tinham acabado de sair do forno quando partimos, mas agora, vocês
vêem, estão duros e bolorentos! Estes sacos de couro eram novos, e vejam como estão agora
- velhos e remendados! Nossas roupas e nossos sapatos estão velhos e gastos por causa da
nossa longa viagem!'
14 e 15 - Josué e os outros líderes acabaram acreditando neles. Não tiveram o cuidado de
consultar o Senhor! Assinaram um tratado de paz, confirmado com juramento pelos líderes da
assembléia de Israel.
16 e 17 - Três dias depois, os fatos vieram à luz - aqueles homens e o povo deles viviam ali
por perto. Os israelitas encontraram as cidades deles no terceiro dia de busca. Eram as cidades
de Gibeom, Quefira, Beerote e Quiriate-Jearim.
18 - Mas as cidades não foram destruídas, por respeito ao juramento feito pelos líderes da
assembléia de Israel, diante do Senhor. Então o povo israelita criticou os líderes por terem feito
aquele tratado de paz.
19 e 20 - Mas os líderes disseram ao povo reunido: "Nós fizemos juramento diante do Senhor
Deus de Israel de que não poríamos as mãos naquele povo - e não vamos pôr mesmo! Vamos
deixar que ele viva. Se quebrarmos o juramento, Deus ficará irado com todos nós!"
21 a 23 - Josué chamou os líderes dos gibeonitas, comunicando a sua decisão: "Vocês não
serão destruídos. Mas visto que nos enganaram com a história de que vieram de longe quando
na verdade são nossos vizinhos - atraíram maldição para cima de vocês! Terão de fazer
trabalho escravo a vida toda - como lenhadores e carregadores de água para o serviço
religioso ao Deus de Israel."
24 a 25 - Eles responderam a Josué: "Fizemos isso porque soubemos que o Senhor deu ordens
a Moisés, servo dEle, para que tomasse posse deste território inteiro e que acabasse com
todos os moradores daqui. Informados disto ficamos temendo por nossas vidas. Por isso
agimos assim. Mas agora estamos nas mãos de vocês. Façam o que quiserem conosco!"
26 e 27 - Assim Josué não deixou que os israelitas destruíssem aquela gente. Mas desde
aquele dia os gibeonitas passaram a fazer o trabalho de lenhadores e carregadores de água,
prestando serviço ao povo de Israel e ao altar do Senhor - onde quer que ele fosse construído.
E o que eles fazem até o momento em que este livro é escrito.

CAPITULO 10

1 e 2 - QUANDO ADONI-ZEDEQUE, rei de Jerusalém, ficou sabendo como Josué tinha tomado e
destruído Ai, matando o rei daquela cidade e também Jericó e o seu rei; e que o povo de
Gibeom tinha conseguido um tratado de paz com Israel - ficando aliados os dois povos, ficou
apavorado! Sim, porque Gibeom era uma grande cidade - tão grande como as capitais de
reinos e muito maior do que Ai - e os gibeonitas tinham fama de valentes.
3 - Por isso o rei Adoni-Zedeque de Jerusalém, mandou mensageiros aos seguintes reis:
Horão, rei de Hebrom, Pirão, rei de Jarmute, Jafia, rei de Laquis, Debir, rei de Eglom.
4 - “Venham ajudar-me a destruir Gibeom," apelou ele, "porque esse povo fez um tratado de
paz com Josué e com o povo de Israel."
5 e 6 - Então estes cinco reis dos amorreus uniram os exércitos para um ataque conjunto a
Gibeom. Os homens de Gibeom mandaram logo mensageiros a Josué, acampado em Gilgal.
"Venham socorrer os seus servidores," clamaram. "Venham nos livrar depressa! Pois todos os
reis dos amorreus que habitam nas montanhas estão com os exércitos deles aqui!"
7 - Josué e o exército israelita saíram de Gilgal e foram socorrer Gibeom.
8 - "Não tenha medo deles," disse o Senhor a Josué, "pois eles já estão vencidos porque Eu
entreguei todos aqueles guerreiros a você. Nenhum deles será capaz, de resistir.
9 a 10 - Josué marchou durante a noite desde Gilgal e apanhou de surpresa as forças inimigas.
Então o Senhor fez com que estas ficassem em pânico, de modo que o exército de Israel feriu
grande número de Gibeom e perseguiu os demais até Bete-Horom, Azeca e Maquedá,
destruindo os Amorreus pelo caminho.
11 - Aqueles que conseguiram chegar perto de Bete-Horom, quando iam descendo para lá
foram mortos por grandes pedras que Deus fez cair sobre eles até Azeca. De fato, mais gente
foi morta pela chuva de pedras do que pelas espadas dos israelitas!
12 - Enquanto os homens de Israel perseguiam e destruíam os amorreus, com o Senhor dando
a vitória, Josué orou ao Senhor em alta voz: "Que o sol pare sobre Gibeom, e que a lua fique
onde está, sobre o vale de Aijalom!"
13 a 15 - E o sol e a lua ficaram parados, até o exército de Israel terminar a destruição dos
inimigos o O Livro dos Justos faz descrição mais detalhada deste fato. Assim o sol parou nos
céus e não saiu durante quase vinte e quatro horas. Nunca antes e nunca depois houve um dia
como esse! Pois o Senhor fez parar o sol e a lua, atendendo ao pedido de um homem! É que o
Senhor estava pelejando por Israel. Depois Josué e o exército de Israel voltaram para o
acampamento de Gilgal.
16 a 18 - Durante a batalha, os cinco reis fugiram e se esconderam numa caverna em
Maquedá. Quando chegou a Josué a notícia de que os reis tinham sido achados, ele mandou
que rolassem grandes pedras à boca da caverna e que alguns ficassem de guarda ali.
19 - Mas Josué ordenou aos demais soldados: "Persigam os inimigos e eliminem os que forem
ficando para trás. Não deixem que voltem às cidades deles! Vocês podem contar com o Senhor
Deus para a vitória total!”
20 e 21 - Assim Josué e o exército de Israel continuaram a batalha e acabaram com os cinco
exércitos, menos alguns sobreviventes que conseguiram entrar nas cidades fortificadas. Então
os israelitas voltaram ao acampamento que tinham em Maquedá. Voltaram sem sofrer a perda
de nenhum soldado! E ninguém mais por ali quis falar em enfrentar o povo de Israel!
22 e 23 - Depois Josué deu ordens para abrir a boca da caverna e trazer a ele os cinco reis que
lá estavam - o rei de Jerusalém, de Hebrom, de Jarmute, de Laquis e de Eglom.
24 e 25 - Feito isso, e reunidos os soldados de Israel, Josué mandou os capitães do exército
colocarem os pés sobre o pescoço dos reis prisioneiros. Disse Josué: "Não tenham mais medo
nem fiquem mais desanimados. Força e coragem! Pois o Senhor vai fazer isso com todos os
inimigos de Israel! "
26 - Então Josué feriu e matou os cinco reis, pendurando os corpos deles em cinco árvores.
Ficaram ali pendurados até à tarde.
27 - Ao pôr-do-sol Josué ordenou que os corpos fossem tirados das árvores e lançados na
caverna onde tinham estado escondidos, e que se pusesse um montão de pedras à entrada da
caverna. Lá está, até hoje, o montão de pedras.
28 a 30 - Naquele mesmo dia, Josué destruiu a cidade de Maquedá, eliminando o rei e todos
os habitantes. Não foi deixada com vida nenhuma pessoa da cidade! Depois os israelitas foram
a Libna e destruíram a cidade, o rei e todos os habitantes. Não ficou nenhum sobrevivente! E
fizeram com o rei a mesma coisa que tinham feito com o rei de Jericó.
31 e 32 - Dali foram atacar Laquis. No segundo dia de luta o Senhor entregou a cidade às
forças de Israel. Ai também toda a população foi morta, como em Libna.
33 - Durante o ataque feito a Laquis, Horão, rei de Gezer, levou para lá tropas para ajudar a
defender a cidade. Mas os homens de Josué mataram esse rei e todo o exército dele!
34 e 35 - Depois, num só dia, os israelitas atacaram, tomaram a cidade de Eglom. E no mesmo
dia eliminaram toda a população como tinham feito com Laquis.
36 e 37 - A seguir, partiram para Hebrom. Tomaram Hebrom, o rei, e todas as povoações do
território, e mataram todos os habitantes. Ninguém sobreviveu!
38 e 39 - Depois marcharam de volta, em direção a Debir. Esta cidade e todas as povoações da
vizinhança foram tomadas em pouco tempo. Destruíram todos, sem deixar ninguém vivo!
Fizeram com Debir e com o rei o que tinham feito com Hebrom, com Libna e com os reis
destas cidades.
40 a 42 - Assim Josué e o exército israelita conquistaram a região toda - as nações e os reis da
zona montanhosa, o deserto do Neguebe, as terras baixas e as encostas das vertentes das
águas. E destruíram todos os habitantes, sem deixar vivo nenhum deles! O Senhor Deus tinha
mandado fazer isso. A região assim conquistada ia desde Cades-Barnéia até Gaza, e incluía
todo o território de Gósen, até Gibeom. Josué conseguiu conquistar esses reis e terras de uma
só vez porque o Senhor Deus de Israel pelejou por seu povo.
43 - Então Josué voltou com o exército para o acampamento de Gilgal.

CAPITULO 11

1 a 3 - QUANDO JABIM, REI de Hazor, soube o que tinha acontecido, enviou mensagens
urgentes aos seguintes reis: a Joabe, rei de Madom; ao rei de Sinrom; ao rei de Acsafe; a
todos os reis da região montanhosa, ao norte; aos reis da região da Arabá, ao sul de
Quinerete; aos reis das terras baixas; aos dos territórios montanhosos de Dor, ao oeste; aos
reis de Canaã oriental e ocidental; aos reis dos amorreus; aos reis dos heteus; aos reis dos
fereseus; aos reis dos jebuseus das terras' montanhosas; aos reis heveus, das cidades
situadas nas encostas do monte Hermom, na terra de Mispa.
4 e 5 - Todos esses reis reagiram convocando os exércitos e unindo as forças para esmagarem
Israel. Juntavam as tropas, que contavam com muitos carros e cavalos. Eram tantos que nem
se podia contar! Eles acamparam junto das Fontes de Merom.
6 - Mas o Senhor disse a Josué: "Não tenha medo deles, pois amanhã, a esta hora, estarão
todos mortos diante do exército israelita! Você vai cortar o tendão da perna dos cavalos e
queimar os carros deles!"
7 e 8 - Josué não perdeu tempo! Ele e as tropas de Israel chegaram logo às Fontes de Merom
e lançaram um ataque de surpresa. E o Senhor entregou todo aquele enorme exército aos
israelitas! Estes perseguiram os inimigos até à grande Sidom, até um lugar chamado Poços de
Sal, e até ao vale de Mispa, a leste. As tropas foram inteiramente destruídas!
9 - Então Josué e os soldados israelitas obedeceram às ordens do Senhor: cortaram o tendão
da perna dos cavalos e queimaram todos os carros de guerra.
10 e 11 - No caminho de volta, Josué conquistou Hazor e matou o rei dessa cidade. Hazor
tinha sido a capital daqueles reinos. Todas as pessoas foram mortas, e a cidade foi incendiada.
12 a 15 - Depois Josué atacou e destruiu todas as outras cidades daqueles reis. Todos os
habitantes foram mortos, como Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado. Todavia, das cidades
edificadas nos montes, Josué só destruiu Hazor. As demais não foram destruídas. Todos os
bens, incluindo o gado, daquelas cidades ficaram com os israelitas. Mas os habitantes foram
todos mortos. Não sobreviveu ninguém! Pois o Senhor tinha ordenado isso a Moisés, seu
servo; e Moisés tinha comunicado a Josué estas ordens. Josué obedeceu, e procurou ser fiel
cumpridor de todas as ordens dadas pelo Senhor Deus a Moisés.
16 e 17 - Assim Josué conquistou o território todo - a região montanhosa, o deserto do
Neguebe, a terra de Gósen, as terras baixas, a região da Arabá e a zona montanhosa, e as
planas baixadas de Israel. O território israelita estendia-se agora desde o monte Halaque,
perto de Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do monte Hermom. E Josué matou
todos os reis daqueles territórios.
18 - Levou vários anos para completar todas estas ações guerreiras.
19 e 20 - Não foi feito tratado de paz com nenhuma das cidades, exceto Gibeom, dos heveus.
Todas as outras foram tomadas na guerra. Pois o Senhor tinha feito com que os reis inimigos
quisessem combater os israelitas em vez de propor paz e endurecido o coração deles. Assim,
eles foram destruídos sem dó nem piedade! Isso o Senhor tinha ordenado a Moisés.
21 e 22 - Durante esse período, Josué acabou com todos os gigantes - chamados "enaquins" -
habitantes da região montanhosa de Hebrom, Debir, Anabe, Judá e Israel. Ele destruiu todos
esses gigantes e todas as suas cidades. Nem um só sobreviveu em todo o território de Israel,
embora tenham ficado alguns deles em Gaza, em Gate e em Asdode.
23 - Assim Josué tomou todo o território, obedecendo às ordens que o Senhor tinha dado a
Moisés; e repartiu as terras conquistadas entre as tribos do povo de Israel, como herança de
cada uma delas. E por fim a terra descansou da guerra!

CAPITULO 12

1 - ESTES SÃO OS reis do lado oriental do rio Jordão, reis das terras tomadas pelos israelitas,
a área conquistada estendia-se por todo o caminho que vai do rio Arnom até o monte
Hermom, contando as cidades do deserto oriental:
2 e 3 - Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom. O reino dele ia desde Aroer, à beira
do vale do Arnom, e do meio desse vale até o rio Jaboque, fronteira dos amonitas. Esse
território incluía a metade da atual área de Gileade, situada ao norte do rio Jaboque. Seom
dominava também a parte norte do vale do rio Jordão, até às costas ocidentais do Lago da
Galiléia; e para o sul, até o Mar Morto e as encostas do monte Pisga.
4 e 5 - Ogue, rei de Basã - era o último refaim existente - que habitava em Astarote e em
Edrei. O território governado por ele estendia-se desde o monte Hermom, ao norte, até Salcá,
no monte Basã, a leste; e para o oeste, ia até à fronteira com os gesureus e com os
maacateus. O reino dele estendia-se também para o sul, abrangendo a metade norte do
território de Gileade, fazendo fronteira ali com o reino de Seom, rei de Hesbom.
6 – Moisés, servo do Senhor, e o povo de Israel, tinham destruído estas nações, e Moisés tinha
dado o território delas às tribos de Ruben e Gade, e à meia tribo de Manassés.
7 a 24 - Vejamos agora a lista dos reis eliminados por Josué e pelos exércitos de Israel no lado
ocidental do Jordão. Este território, entre Baal-Gade, no vale do Líbano, e o monte Halaque, a
oeste de Seir, foi repartido e dado às outras tribos de Israel. A área incluía a região
montanhosa, as baixadas planas, a zona da Araba, as encostas com as vertentes das águas, o
deserto da Judéia e o Neguebe. Viviam ali antes os seguintes povos: os heteus, os amorreus,
os cananeus, os fereseus, os heveus e os jebuseus. Eis, pois, a lista dos reis: o rei de Jericó; o
rei de Ai, junto a Betel; o rei de Jerusalém; o rei de Hebrom; o rei de Jarmute; o rei de Laquis;
o rei de Eglom; o rei de Gezer; o rei de Debir; o rei de Geder; o rei de Hormá; o rei de Arade;
o rei de Libna; o rei de Adulão; o rei de Maquedá; o rei de Betel;
o rei de Tapua; o rei de Hefer; o rei de Afeque; o rei de Lasarom; o rei de Madom; o rei de
Hazor; o rei de Sinrom-Merom; o rei de Acsafe; o rei de Taanaque; o rei de Megido; o rei de
Quedes; o rei de Jocneão do Carmelo; o rei de Dor, da cidade de Nafate-Dor; o rei das tribos
em Gilgal; e o rei de Tirza. Total: trinta e um reis, com as suas cidades, foram destruídos no
lado oeste do Jordão.

CAPITULO 13

1 - JOSUÊ TINHA envelhecido. "Você está ficando velho," disse o Senhor, "e ainda falta
conquistar muitas nações. Veja só a lista dos territórios que falta ocupar: todo o território dos
filisteus; todo o território de Gesur; as terras hoje pertencentes aos cananeus, desde o rio que
forma divisa com o Egito até à fronteira sul de Ecrom; cinco cidades dos filisteus: Gaza,
Asdode, Ascalom, Gate, Ecrom; o território dos aveus, no sul; ao norte, todo o território dos
cananeus, incluindo Meara, pertencente aos sidônios, estendendo-se rumo norte até Afeque,
na fronteira dos amorreus; as terras dos gibleus, na faixa costeira, abrangendo na direção
leste toda a área do monte Líbano, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, no sul, até à
entrada de Hamá, ao norte; e todo o território montanhoso que vai desde o Líbano até aos
Poços de Sal, contando o território dos sidônios. "Estou para lançar esses povos longe da
nação de Israel! Portanto, ao repartir o território às nove tribos e à meia tribo de Manassés, de
acordo com o que ordenei, inclua esses territórios."
8 a 13 - A outra metade da tribo de Manassés, e as tribos de Ruben e de Gade, já tinham
recebido a herança delas a leste do Jordão, pois Moisés havia destinado aquela terra para
esses israelitas. O território deles estendia-se desde Aroer, na beira do vale do rio Arnom,
contando a cidade situada no vale, e passava pelo planalto de Medeba, até Dibom; incluía
também todas as cidades de Seom, rei dos amorreus que reinou em Hesbom, e chegava até às
fronteiras de Amom. Incluía: Gileade; o território dos gesuritas; o monte Basã com a cidade de
Salcá, edificada nele; e todo o território de Ogue, rei de Basã, que tinha reinado em Astarote e
em Edrei. Ele foi o último dos refains que restou, pois Moisés tinha atacado e expulsado
aqueles gigantes. Mas o povo de Israel não tinha expulsado os gesuritas nem os maacatitas,
os quais vivem entre os israelitas até o dia de hoje.
14 - Distribuição dos Territórios. Território Dado à Tribo de Levi: Moisés não tinha dado
nenhum território à tribo de Levi; em vez disso, ficaram tendo direito às ofertas feitas ao
Senhor.
15 a 20 - Território Dado à Tribo de Ruben: Moisés tinha dado a seguinte área à tribo de Ruben
com suas várias famílias: Desde Aroer, na beira do vale do rio Amom, com a cidade de Amom
situada no meio do vale, até além do planalto, perto de Medeba. Incluía Hesbom e outras
cidades da planície - Dibom, Bamote-Baal, Bete-Baal-Meom, Jaza, Quedemote, Mefaate,
Quiriataim, Sibma, Zerete-Saar no monte que domina o vale, Bete-Peor, Bete-Jesimote e as
encostas do monte Pisga.
21 e 22 - As terras de Ruben incluíam também as cidades do planalto e o reino de Seom.
Seom era o rei que vivia em Hesbom e que foi morto por Moisés juntamente com os outros
chefes de Midiã-Evi, Requém, Zur, Hur e Reba. Os israelitas mataram também o adivinho
Balaão, filho de Beor, além de outros.
23 - A fronteira ocidental de Ruben era demarcada pelo rio Jordão. Dentro destes limites as
famílias da tribo de Ruben estabeleceram cidades e aldeias.
24 e 25 - Território Dado à Tribo de Gade: A extensão do território destinado por Moisés à tribo
de Gade com suas várias famílias foi a seguinte: Jazer, todas as cidades de Gileade, e a
metade do território de Amom até Aroer perto de Rabá.
26 - Estendia-se também desde Hesbom até Ramate-Mispa e Betonim, e desde Maanaim até à
fronteira de Debir.
27 e 28 - No vale havia Bete-Arã, Bete-Nimra, Sucote, Zafom e o restante dos domínios do rei
Seom, de Hesbom. A linha da fronteira ocidental era o rio Jordão, indo até o Lago da Galiléia;
ali a fronteira virava para o lado oriental do rio Jordão.
29 e 30 - Território Dado à Meia Tribo de Manassés: Moisés destinou o seguinte território à
meia tribo de Manassés com suas várias famílias: O território estendia-se para o norte desde
Maanaim. Incluía todo o Basã, reino que fora de Ogue e as sessenta cidades de Jair em Basã.
31 - Metade de Gileade e das capitais reais de Astarote e Edrei foi dada à metade do grupo de
famílias chefiadas por Maquir, filho de Manassés.
32 e 33 - Foi assim que Moisés repartiu a terra a leste do rio Jordão nos campos de Moabe
quando o povo acampou nas vizinhanças de Jericó. Mas Moisés não deu nenhum território à
tribo de Levi pois, como ele explicou, o Senhor Deus era a herança de Levi. O que fosse
dedicado a Deus - sacrifícios e outras ofertas - seria usado pela tribo de Levi.

CAPITULO 14

1 e 2 - AS TERRAS CONQUISTADAS em Canaã foram repartidas às nove tribos restantes de
Israel por sorteio sagrado. O sorteio foi feito pelo sacerdote Eleazar, acompanhado por Josué,
filho de Num, e pelos líderes das tribos. Tudo de acordo com as ordens dadas pelo Senhor por
meio de Moisés.
3 a 5 - Moisés já tinha dado territórios às duas e meia tribos no lado oriental do Jordão. A tribo
de José era formada por duas tribos separadas, a de Manassés e a de Efraim. Por outro lado,
os levitas não receberam terra nenhuma, a não ser cidades para morarem e os pastos dos
arredores delas para o gado. Assim a distribuição das terras foi feita em rigorosa obediência às
instruções dadas pelo Senhor a Moisés.
6 a 9 - Território Dado a Calebe: Um grupo da tribo de Judá, chefiado por Calebe, filho de
Jefoné da família de Quenaz, apresentou-se a Josué, em Gilgal. "Lembra o que o Senhor disse
a Moisés sobre mim e você quando estávamos em Cades-Barnéia?" perguntou Calebe a Josué.
"Eu estava com quarenta anos de idade quando eu e você fomos enviados por Moisés, de
Cades-Barnéia a Canaã para espionar; e fiz um relatório sincero. Mas os nossos irmãos, que
foram conosco fizeram o povo ficar desanimado e desistir de invadir Canaã. Mas, como fiquei
firme em seguir ao Senhor meu Deus, Moisés me disse: 'A parte da terra de Canaã por onde
você andou pertencerá a você e aos seus filhos, para sempre.'
10 a 12 - "Agora, como vê, até hoje o Senhor me guardou todos esses quarenta e cinco anos,
desde o tempo em que o povo ficou indo para lá e para cá no deserto. Estou agora com oitenta
e cinco anos. Sinto-me tão forte agora como quando Moisés nos mandou naquela missão.
Posso sair para combater e voltar depois do combate, como naquele tempo! Agora, pois, peço
que me dê a região montanhosa que o Senhor prometeu. Você decerto se lembra de que,
quando fomos como espiões, vimos que os enaquins viviam lá em grandes cidades fortificadas.
Mas, estando o Senhor comigo, expulsarei aqueles homens de grande estatura."
13 a 15 - Assim, Calebe foi abençoado por Josué e recebeu dele o território de Hebrom como
herança permanente, porque tinha seguido com firmeza ao Senhor Deus de Israel. Antes disso
Hebrom era chamada Quiriate-Arba em homenagem a Arba, o grande herói do enaquins. Em
face disso tudo, deixou de haver resistência contra a invasão dos israelitas. E houve paz.

CAPITULO 15

1 a 4 - TERRITÓRIO DADO À Tribo de Judá por sorteio sagrado. A fronteira sul de Judá
começava no limite norte de Edom, passava pelo deserto de Zim, e terminava na beira norte
do deserto do Neguebe. Explicando melhor, esta fronteira começava na baía do sul do Mar
Morto. Daí seguia pela estrada que ia para o sul do monte Acrabim, continuando pelo deserto
de Zim até Hezrom ao sul de Cades-Barnéia. Subia depois para Adar passando por Carca e
Azmon, atingindo por fim o rio que forma a divisa com o Egito e seguindo o percurso desse rio
até o Mar Mediterrâneo.
5 e 6 - A fronteira oriental estendia-se ao longo do Mar Morto até à foz do Jordão. A fronteira
norte começava na baía em que o rio Jordão despeja as águas do Mar Morto. Daí subia até
Bete-Hogla e continuava ao norte de Bete-Arabá, subindo até à pedra de Boã, filho de Ruben.
7 a 9 - A partir desse ponto seguia pelo vale de Acor, rumo a Debir, dobrando ali para noroeste
em direção a Gilgal, de frente para as ladeiras de Adumim, ao sul do vale. Daí a fronteira
estendia-se até às fontes de En-Semes continuando para En-Rogel. Depois passava pelo vale
de Hinom, pelo lado sul do território dos jebuseus onde está situada Jerusalém, tomava rumo
oeste até o topo da montanha que domina o vale e subia até o extremo norte do vale dos
refains. Dali a fronteira estendia-se desde o topo da montanha até às fontes de Neftoa e até às
cidades da região montanhosa de Efrom, girando então para o norte para contornar Baalá, que
é outro nome para Quiriate-Jearim.
10 e 11 - A mesma fronteira continuava ainda, dobrando a oeste de Baalá para o monte Seir;
passava junto da cidade de Quesalom pelo lado norte do monte Jearim e descia a Bete-Semes.
Tornando a virar Rara o norte, continuava pelo sul de Timna, até à encosta do morro ao norte
de Ecrom, onde se inclinava para a esquerda, passando ao sul de Sicrom e do monte Baalá.
Retornando ao norte, passava por Jabneel e terminava no Mar Mediterrâneo.
12 - A fronteira ocidental era a linha da costa do Mediterrâneo.
13 a 15 - Território Dado a Calebe: O Senhor deu ordem a Josué para que desse parte do
território de Judá a Calebe, filho de Jefoné. Por isso ele recebeu a cidade de Arba também
chamada Hebrom. Aquele nome era em homenagem ao pai de Enaque. Calebe expulsou dali
os descendentes dos três filhos de Enaque: Sesai, Aimã e Talmai. Depois ele pelejou contra o
povo que vivia na cidade de Debir, antes chamada Quiriate-Sefer.
16 - Calebe anunciou que daria a filha dele, Acsa, em casamento àquele que conquistasse
Quiriate-Sefer.
17 - Otniel, sobrinho de Calebe, da família de Quenaz, foi quem tomou posse da cidade, e
casou com Acsa.
18 e 19 - Quando o casal estava saindo, Acsa insistiu com Otniel que pedisse ao pai dela mais
um campo como presente de casamento. Ela desceu do burro para falar com o pai sobre isso.
"Que foi? Que posso fazer por você? " perguntou ele. Ela respondeu: "Quero outro presente,
meu pai! A terra que o senhor me deu é um deserto. Quero uma que tenha fontes de água!
Então ele deu as fontes superiores e as fonte inferiores.
20 - Eis, pois, o território dado à tribo de Judá com suas várias famílias:
21 a 32 - As cidades de Judá situadas ao longo das fronteiras do Edom, no Neguebe, ao sul
são estas: Cabzeel, Eder, Jagur, Quiná, Dimona, Adada, Quedes, Hazor, Itnã, Zife, Telém,
Bealote, Hazor-Hadata, Quiriote-Hezrom (ou Hazor), Amã, Sema, Moladá, Hazar-Gada,
Hesmom, Bete-Pelete, Hazar-Sual, Berseba, Biziotiá, Baalá, lim, Azém, Eltolade, Quesil,
Hormá, Ziclague, Madmana, Sansana, Lebaote, Silim, Aim e Rimom. Ao todo, vinte e nove
cidades e as suas vilas.
33 a 36 - As seguintes cidades situadas nas baixadas também foram dadas a Judá: Estaol,
Zorá, Asná, Zanoa, En-Gamim, Tapua, Enã, Jarmute, Adulão, Socó, Azeca, Saaraim, Aditaim,
Gederá e Gederotaim. Ao todo, quatorze cidades e suas vilas.
37 a 44 - Estas vinte e cinco outras cidades e as suas vilas: Zenã, Hadasa, Migdal-Gade, Dileã,
Mispa, Jocteel, Laquis, Bozcate, Eglom, Cabom, Laamás, Quitlis, Gederote, Bete-Dagom,
Naamá, Maquedá, (um grupo de 16) Libna, Eter, Asã, Iftá, Asná, Nezibe, Queila, Aczibe e
Maressa (um grupo de 9).
45 a 47 - O território da tribo de Judá abrangia ainda todas as cidades e vilas de Ecrom. De
Ecrom a fronteira estendia-se até o mar Mediterrâneo e incluía as cidades e vilas situadas
junto das fronteiras de Asdode. Também as cidades de Asdode e Gaza, com as respectivas
vilas chegando até ao Mar Mediterrâneo, incluindo ainda toda a costa do Mediterrâneo, até o
rio que forma a divisa com o Egito.
48 a 62 - Na região montanhosa Judá recebeu as seguintes quarenta e quatro cidades e suas
vilas: Samir, Jatir, Socó, Daná, Quiriate-Sana (ou Debir), Anabe, Estemo, Anim, Gósen, Holom
e Giló (um grupo de 11); Arabe, Dumá, Esã, Janim, Bete-Tapua, Afeca, Hunta, Quiriate-Arba
(ou Hebrom), Zior (um grupo de 9); Maom, Carmelo, Zife, Jutá, Jezreel, Jocdeão, Zanoa,
Caim, Gibeá, Timna (um grupo de 10); Halul, Bete-Zur, Gedor, Maarate, Bete-Anote, Eltecom
(um grupo de 6); Quiriate-Baal (também conhecida como Quiriate-Jearim), Rabá (um grupo de
2); Bete-Arabá, Midim, Secacá, Nibsã, Cidade do Sal e En-Gedi, (sendo que estas seis estavam
situadas no deserto).
63 - Mas a tribo de Judá não conseguiu expulsar os jebuseus que residiam em Jerusalém.
Assim os jebuseus vivem até o momento em que este livro é escrito entre os descendentes de
Judá em Jerusalém.

CAPITULO 16

1 a 4 - FRONTEIRA SUL das tribos de José, Efraim e a meia tribo de Manassés, por sorteio
sagrado. Esta fronteira estendia-se desde o rio Jordão em Jericó, atravessando o deserto e a
região montanhosa, até Betel. Depois ia de Betel a Luz, depois a Atarote, no território dos
arquitas, descendo rumo oeste até à fronteira de Jafleti, até à fronteira de Bete-Horom Inferior,
indo depois até Gezer, terminando no Mediterrâneo.
5 a 8 - Território Dado à Tribo de Efraim: A fronteira oriental começava em Atarote-Adar. Dali
ia até Bete-Horom Superior e seguia para o Mar Mediterrâneo. A fronteira norte começava no
mesmo mar, seguia a leste de Micmetá, passando depois por Taanate-Siló e Janoa. De Janoa
dobrava para o sul até Atarote e Naarate, tocava em Jericó e terminava no rio Jordão.
Seguindo para o leste, a fronteira ia de Tapua ao ribeiro de Caná, terminando no Mar
Mediterrâneo.
9 - Efraim recebeu também algumas cidades do território pertencente à meia tribo de
Manassés.
10 - Os cananeus de Gezer não foram expulsos. Vivem entre os da tribo de Efraim até hoje, só
que são obrigados a trabalhar como escravos.

CAPITULO 17

1 - TERRITÓRIO DADO À Meia Tribo de Manassés, filho mais velho de José, por sorteio
sagrado. O grupo de famílias chefiado por Maquir, filho mais velho de Manassés, e pai de
Gileade, já tinha recebido Gileade e Basã a leste do Jordão, porque eram grandes guerreiros.
2 - Agora foi dado território - a oeste do Jordão - aos grupos de famílias chefiados por Abiezer,
Heleque, Asriel, Siquém, Semida e Hefer, todos filhos de Manassés.
3 e 4 - Contudo, Zelofeade, filho de Hefer, neto de Gileade, bisneto de Maquir, tataraneto de
Manassés, não tinha filhos. Tinha cinco filhas - Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza. Estas
mulheres procuraram o sacerdote Eleazar, Josué e os líderes de Israel e disseram: "O Senhor
disse a Moisés que nós haveríamos de receber propriedades iguais às dos homens da nossa
tribo.
5 e 6 - Assim, de acordo com as ordens dadas pelo Senhor a Moisés, as cinco mulheres
receberam herança como os cinco tios avós delas, num total de dez partes. A tribo de
Manassés também tinha o território de Gileade e Basã do outro lado do Jordão.
7 e 8 - A fronteira norte da tribo de Manassés estendia-se para o sul, desde o limite da tribo de
Aser até Micmetá, a leste de Siquém. Ainda para o sul, a fronteira ia de Micmetá até à fonte de
Tapua. O território de Tapua era de Manassés, mas a cidade de Tapua situada na fronteira das
terras de Manassés pertencia à tribo de Efraim.
9 - Da fonte de Tapua, a fronteira de Manassés seguia a margem norte do ribeiro de Caná até
o Mar Mediterrâneo. Várias cidades situadas ao sul do ribeiro pertenciam á tribo de Efraim
embora localizadas no território de Manassés.
10 - As terras ao sul do ribeiro, estendendo-se para a oeste até o Mar Mediterrâneo, foram
dadas a Efraim, e as terras ao norte do ribeiro e a leste do mar foram dadas a Manassés. A
fronteira norte de Manassés limitava com o território de Aser e a fronteira leste com o território
de Issacar.
11 - A meia tribo de Manassés recebeu também as seguintes cidades situadas nas áreas dadas
a Issacar e a Aser: Bete-Seã, Ibleã, Dor, En-Dor, Taanaque e Megido, zona assinalada por três
outeiros; as cidades e suas vilas.
12 - Mas os da família de Manassés não conseguiram expulsar os moradores desses lugares,
pois os cananeus teimavam em não sair.
13 - Mais tarde, quando os israelitas ficaram mais fortes, obrigaram os cananeus a trabalhar
como escravos, sem, porém, os expulsar de lá.
14 - Então as duas tribos de José, Efraim e Manassés, procuraram Josué e perguntaram: "Por
que você nos deu só uma parte pequena do território repartido? Veja como o Senhor Deus
abençoou e fez crescer a nossa tribo!"
15 - "Se a região montanhosa de Efraim não é suficiente," respondeu Josué "e se vocês acham
que dão conta podem derrubar as matas do território dos fereseus e dos refains."
16 a 18 - "Ótima coisa", disseram as tribos de José "mas os cananeus que ocupam as baixadas
de Bete-Seã e do vale de Jezreel têm carros de ferro e são muito mais fortes do que nós."
"Então vocês ficam com as matas das montanhas," respondeu Josué. "E como vocês formam
uma tribo tão grande e forte, decerto que poderão derrubar as matas e viver lá! Tenho certeza
de que vão ser capazes de expulsar mais tarde os cananeus dos vales também por mais fortes
que sejam e por mais carros de ferro que tenham!"

CAPITULO 18

1 e 2 - DEPOIS DE FEITA a conquista, embora sete tribos de Israel ainda não tivessem
invadido e conquistado os territórios que Deus tinha dado a elas, toda a assembléia de Israel
se reuniu em Silo para armar o Tabernáculo.
3 a 7 - Disse Josué: "Até quando vocês vão ficar parados em vez de avançar e conquistar a
terra que o Senhor nosso Deus entrega a Israel?! Escolham três homens de cada tribo para
que se preparem, percorram a região e façam um mapa do território prometido às tribos, para
que eu faça a divisão das terras para vocês. Os enviados farão um mapa dividindo o território
em sete partes, e depois farão sorteio sagrado para decidir qual a parte de cada tribo. É bom
lembrar porém que os levitas não devem receber nenhum território; eles são sacerdotes do
Senhor – o que é a melhor herança! E é claro, que as tribos de Ruben e de Gade e a meia tribo
de Manassés não receberão mais nada, pois já têm território a leste do Jordão, cumprida que
foi a promessa de Moisés, servo do Senhor."
8 - Assim os homens escolhidos para isso, partiram a fim de fazer para Josué um mapa do
território a conquistar. Depois disso o Senhor ia indicar o território de cada tribo mediante
sorteio sagrado.
9 - Os homens foram e fizeram o trabalho pedido: marcaram o território inteiro, dividido em
sete partes, e fizeram listas das cidades encontradas em cada parte. Depois voltaram a Josué,
ao acampamento em Silo.
10 - No Tabernáculo de Silo o Senhor mostrou a Josué o território de cada tribo. Isso foi feito
mediante sorteio sagrado.
11 - Território Dado à Tribo de Benjamim: A parte de terras dada por sorteio sagrado às
famílias da tribo de Benjamim fica entre os territórios dados às tribos de Judá e de José.
12 a 14 - A fronteira norte começava no rio Jordão, seguia para o norte de Jericó, dirigia-se
depois na direção oeste, através da região montanhosa e do deserto de Bete-Áven. Dali a
fronteira ia para o sul até Luz, também chamada Betel, e continuava descendo até Atarote-
Adar situada na região montanhosa ao sul de Bete-Horom Inferior. Nesse ponto a fronteira
dobrava para o sul, passando sobre a montanha próxima de Bete-Horom e terminando em
Quiriate-Baal, que é a mesma Quiriate-Jearim - cidade pertencente à tribo de Judá. Esta era
então a fronteira ocidental.
15 a 19 - A fronteira sul ia da borda de Quiriate-Jearim, até à fonte de Neftoa, descendo até à
base da montanha que está defronte do vale de Hinom, ao norte do vale dos refains. Dali
continuava pelo vale de Hinom, atravessava a parte sul da antiga cidade de Jerusalém,
pertencente aos jebuseus, e continuava descendo até En-Rogel. De En-Rogel a fronteira seguia
rumo nordeste até En-Semes e até Gelilote que dá de frente para a encosta de Adumim.
Depois descia até à pedra de Boã, filho de Ruben, passando pela linha norte da Arabá. A
fronteira descia então penetrando na Arabá seguia para o sul, passando por Bete-Hogla e
terminava na baía do norte do Mar Morto - no extremo sul do rio Jordão.
20 a 28 - A fronteira oriental era o rio Jordão. Aí está o território dado à tribo de Benjamim,
com as suas famílias. Estas são as vinte e seis cidades incluídas no território dado aos da tribo
de Benjamim: Jericó, Bete-Hogla, Emeque-Quezis, Bete-Arabá, Zemaraim, Betel, Avim, Pará,
Ofra, Quefar-Amonai, Ofni, Geba, (um grupo de 12) Gibeom, Ramá, Beerote, Mispa, Quefira,
Moza, Raquém, Irpeel, Tarala, Zela, Elefe, Jebus (ou Jerusalém), Gibeá e Quiriate-Jearim, (um
grupo de 14). Todas estas cidades e suas vilas foram dadas à tribo de Benjamim com as suas
famílias.

CAPITULO 19

1 - TERRITÓRIO DADO À Tribo de Simeão: A tribo de Simeão foi a segunda a receber seu
território por sorteio sagrado - ele estava dentro dos limites das terras dadas a Judá.
2 a 7 - A herança de Simeão incluía estas dezessete cidades e suas vilas: Berseba, Seba,
Moladá, Hazar-Sual, Balá, Ázen, Eltolade, Betul, Hormá, Ziclague, Bete-Marcabote, Hazar-
Susa, Bete-Lebaote, Suarém, (um grupo de 13), Aim, Rimom, Eter e Asã, (um grupo de 4).
8 - As cidades que haviam para o sul, até Baalate-Beer, também conhecida como Ramá do
Neguebe, foram dadas também à tribo de Simeão.
9 - Assim a herança da tribo de Simeão veio da herança dada antes a Judá. Isso porque o
território da tribo de Judá era grande demais.
10 a 13 - Território Dado à Tribo de Zebulom: A terceira tribo a receber território, por sorteio
sagrado, foi Zebulom. A fronteira desse território começava no lado sul de Saride. Dali virava
para o oeste chegando perto de Maralá e de Dabesete, indo até ao ribeiro que passa em frente
de Jocneão a leste desta cidade. Em outra direção, a linha da fronteira seguia rumo leste até à
fronteira de Quislote-Tabor e dali até Daberate e Jafia. Depois continuava a leste de Gate-
Hefer, Ete-Cazim e Rimom, virando ali para Neá.
14 - A fronteira norte de Zebulom passava por Hanatom e terminava no vale de Iftá-EI.
15 e 16 - Nestas áreas estavam situadas as seguintes cidades, além das que já foram
mencionadas: Catate, Naalal, Sinrom, ldala e Belém. Ao todo, doze cidades e suas vilas.
17 - Território Dado à Tribo de Issacar, por sorteio sagrado: A quarta tribo a receber território
foi lssacar.
18 a 23 - Seus limites incluíam as seguintes cidades: Jezreel, Quesolute, Suném, Hafaraim,
Siom, Anaarate, Rabite, Quisiom, Ebes, Remete, En-Gamim, En-Hadá, Bete-Pazes, Tabor,
Saazima e Bete-Semes. Ao todo, dezesseis cidades e suas vilas. A fronteira de lssacar
terminava no rio Jordão.
24 - Território Dado à Tribo de Aser: A quinta tribo a receber território por sorteio sagrado foi
Aser.
25 a 31 - As fronteiras do território incluíam as seguintes cidades: Helcate, Hali, Béten, Acsafe,
Alameleque, Amade e Misal. Na direção oeste, a fronteira ia desde o Carmelo até Sior-Libnate,
virava então para o leste seguindo para Bete-Dagom; seguia até Zebulom, no vale de Iftá-EI, e
continuava ao norte de Bete-Emeque e de Neiel. Saía depois a leste das cidades de Cabul,
Ebrom, Reobe, Hamom e Caná, atingindo Sidom Maior. Dali a fronteira virava para Ramá, até à
cidade fortificada de Tiro e terminava em Hosa, na costa do Mar Mediterrâneo na região de
Aczibe. O território incluía também Umá, Afeque e Reobe. Ao todo, eram vinte e duas cidades
e suas vilas.
32 - Território Dado a Naftali: A sexta tribo a receber território por sorteio sagrado foi Naftali.
33 e 34 - A fronteira começava em Judá, no carvalho de Zaananim, e se estendia através de
Adami-Neguebe, Jabneel e Lacum, terminando no rio Jordão. A fronteira ocidental começava
perto de Helefe passando por Aznote-Tabor e dali a Hucoque. Chegava até a fronteira de
Zebulom no sul, à de Aser a oeste e ao rio Jordão, a leste.
35 a 39 - As cidades fortificadas, situadas nesse território, eram: Zidim, Zer, Hamate, Racate,
Quinerete, Adamá, Ramá, Hazor, Quedes, Edrei, En-Hazor, Irom, Migdal-El, Horém, Bete-Anate
e Bete-Semes. Ao todo, havia no território dezenove cidades e suas vilas.
40 - Território Dado à Tribo de Dã: A sétima tribo a receber território por sorteio sagrado foi
Dã.
41 a 46 - As seguintes cidades pertenciam a esse território: Zorá, Estaol, Ir-Semes, Saalabim,
Aijalom, Itia, Elom, Timna, Ecrom, Elteque, Gibetom, Baalate, Jeúde, Bene-Beraque, Gate-
Rimom, Me-Jarcom e Racom, mais o território junto a Jafo.
47 e 48 - O território conseguido pela tribo de Dã era pequeno. Por isso as tropas de Dã
atacaram e conquistaram a cidade de Lesém. Os descendentes de Dã habitaram em Lesém,
mudando o nome dela para "Dã" em homenagem ao pai deles.
49 a 50 - Assim as terras foram repartidas entre as tribos, com as fronteiras indicadas. O povo
de Israel deu a Josué uma parte especial, pois o Senhor havia dito que ele podia ficar com a
cidade que quisesse. Ele escolheu Timnate-Sera na região montanhosa de Efraim. Ali
reconstruiu a cidade e habitou nela.
51 - O sacerdote Eleazar; Josué, filho de Num; e os líderes das tribos de Israel, dirigiram o
sorteio sagrado pelo qual as terras foram repartidas entre as tribos. Isso foi feito na presença
do Senhor à entrada do Tabernáculo em Silo. Com estes sete sorteios, completou-se a
distribuição entre as doze tribos.

CAPITULO 20

1 a 2 - DISSE O SENHOR a Josué: "Diga ao povo de Israel que separe as cidades de refúgio,
conforme as instruções que dei a Moisés.
3 - "Se alguém for culpado de matar alguma pessoa sem querer, poderá fugir para uma destas
cidades para ficar protegido dos parentes do morto; talvez eles queiram matar o homicida, por
vingança.
4 - "Quando aquele que matou sem querer chegar a uma cidade de refúgio, comparecerá
diante do conselho que governa a cidade e explicará o que houve. O conselho terá o dever de
deixar que ele entre na cidade e more ali.
5 - "Se algum parente do morto chegar ali, perseguindo aquela pessoa, a cidade não entregará
o fugitivo; porque a morte foi acidental, sem haver briga entre eles.
6 - "Aquele que causou a morte acidental tem de ficar naquela cidade até ser julgado pelos
juizes; e tem de morar ali até à morte do sumo sacerdote que esteja em exercício por ocasião
do acidente. Depois terá liberdade para voltar para casa, para a cidade dele."
7 e 8 - As cidades escolhidas como cidades de refúgio foram estas: Quedes, na Galiléia, na
região montanhosa de Naftali; Siquém, na região montanhosa de Efraim; Quiriate-Arba (ou
seja, Hebrom), na região montanhosa de Judá. Mais três cidades foram escolhidas com a
mesma finalidade, no lado oriental do rio Jordão para além de Jericó: Bezer, no deserto do
território de Ruben; Ramote de Gileade, nas terras da tribo de Gade; e Galã de Basã, no
território da tribo de Manassés.
9 - Estas cidades de refúgio serviam tanto para os israelitas como para os estrangeiros
residentes nas terras de Israel. Todo aquele que matasse alguém por acidente, tinha um lugar
onde esperava julgamento sem o perigo de ser morto por vingança.

CAPITULO 21

1 e 2 - ENTÃO OS LÍDERES da tribo de Levi foram até Silo para falar com o sacerdote Eleazar,
Josué, e os líderes das outras tribos. Disseram eles: "O Senhor instruiu Moisés no sentido de
que nós levitas devemos receber cidades para morar e pastagens para o nosso gado."
3 - Assim eles receberam algumas das cidades recém-conquistadas, bem como as pastagens
nas vizinhanças delas.
4 - Treze delas tinham sido dadas antes às tribos de Judá, Simeão e Benjamim. Estas foram
dadas por sorteio sagrado a alguns dos sacerdotes da linhagem de Coate, da tribo de Levi,
descendentes de Arão.
5 - As outras famílias de Coate receberam por sorteio sagrado dez cidades dos territórios de
Efraim, de Dã e da meia tribo de Manassés.
6 - As famílias de Gérson receberam treze cidades selecionadas mediante sorteio sagrado na
área de Basã. Estas cidades foram dadas pelas tribos de Issacar, Aser, Naftali e pela meia tribo
de Manassés.
7 - As famílias de Merari receberam por sorteio sagrado doze cidades das tribos de Ruben,
Gade e Zebulom.
8 - Assim a ordem que o Senhor tinha dado a Moisés foi obedecida e as cidades e pastagens
foram dadas por sorteio sagrado.
9 a 16 - Os primeiros a receber a parte destinada a eles foram os sacerdotes - descendentes
de Arão, levitas das famílias de Coate. Receberam das tribos de Judá e Simeão as seguintes
nove cidades e as pastagens ao redor: Hebrom, na região montanhosa de Judá, cidade de
refúgio, também chamada Quiriate-Arba, em homenagem a Arba, pai de Enaque; mas os
campos da cidade e suas vilas foram dados a Calebe, filho de Jefoné; Libna, Jatir, Estemoa,
Holom, Debir, Aim, Jutá e Bete-Semes.
17 a 18 - Da tribo de Benjamim receberam estas quatro cidades e as suas pastagens: Gibeom,
Geba, Anatote e Almom.
19 - Portanto, foram dadas treze cidades e suas pastagens - aos sacerdotes, descendentes de
Arão.
20 a 22 - As outras famílias de Coate receberam da tribo de Efraim estas quatro cidades, com
as pastagens: Siquém (cidade de refúgio), Gezer, Quibzaim e Bete-Horom.
23 e 24 - As seguintes quatro cidades e pastagens foram dadas pela tribo de Dã: Elteque,
Gibetom, Aijalom e Gate-Rimom.
25 e 26 - A meia tribo de Manassés deu as cidades e pastos de Taanaque e Gate-Rimom.
Assim, o total de cidades, com suas pastagens, dadas aos das famílias de Coate foi dez.
27 - Os das famílias de Gérson, formando outra divisão dos levitas, receberam da meia tribo
de Manassés duas cidades com as pastagens próximas: Golã de Basã (cidade de refúgio) e
Beesterá.
28 e 29 - A tribo de Issacar deu quatro cidades, incluindo as pastagens ao redor: Quisiom,
Daberate, Jarmute e En-Ganim.
30 e 31 - A tribo de Aser deu quatro cidades com as pastagens: Misal, Abdom, Helcate e
Reobe.
32 - A tribo de Naftali deu: Quedes, na Galiléia (cidade de refúgio), Hamote-Dor e Cartã.
33 - Assim, foram treze as cidades, com suas pastagens, dadas às famílias de Gérson.
34 e 35 - Os levitas restantes - das famílias de Merari - receberam da tribo de Zebulom quatro
cidades e suas pastagens: Jocneão, Cartã, Dimna e NaaIaI.
36 e 37 - De Ruben receberam quatro cidades com suas pastagens: Bezer, Jaza, Quedemonte
e Mefaate.
38 e 39 - Gade contribuiu com quatro cidades e suas pastagens: Ramote (cidade de refúgio),
Maanaim, Hesbom e Jazer.
40 - Deste modo, os levitas pertencentes às famílias de Merari receberam ao todo doze cidades
e suas pastagens.
41 e 42 - O número total de cidades - com suas pastagens - dadas aos levitas chegou a
quarenta e oito.
43 - Assim foi que o Senhor deu a Israel todas as terras que havia prometido aos primeiros
pais. Os israelitas invadiram e conquistaram essas terras e passaram a viver nelas.
44 - E o Senhor deu paz a Israel, como havia prometido. Não havia ninguém que pudesse
levantar-se contra a nação israelita! o Senhor deu a Israel a vitória sobre os inimigos.
45 - Realizaram-se todas as boas coisas que o Senhor havia prometido! Ele cumpriu a palavra
em tudo!

CAPITULO 22

1 a 5 - JOSUÉ CONVOCOU então os soldados das tribos de Ruben e Gade e da meia tribo de
Manassés, dizendo o seguinte: "Vocês fizeram tudo o que Moisés, servo do Senhor, mandou e
tudo o que eu ordenei - obedeceram a todas as ordens dadas pelo Senhor nosso Deus. Vocês
não abandonaram os seus irmãos das outras tribos. Agora o Senhor nosso Deus nos deu
sucesso e descanso como havia prometido. Podem voltar para o território que receberam de
Moisés, servo do Senhor, do outro lado do rio Jordão. Tenham cuidado porém de obedecer a
todos os mandamentos dados por Moisés na Lei. Amem o Senhor e sigam o plano que Ele tem
para vocês na vida. Procurem estar sempre perto dEle! Sirvam ao Senhor com todo o coração
e alma!"
6 a 8 - Assim Josué abençoou todos eles e os mandou para casa. Moisés tinha dado território
em Basã à meia tribo de Manassés, ao passo que a outra metade da tribo tinha recebido
território a oeste do Jordão. Quando Josué despediu as tropas, ao dar a bênção disse que eles
dividissem com os parentes em casa todas as riquezas que tinham conseguido durante a
campanha militar - gado, prata, ouro, bronze, ferro e roupas - tudo em grande abundância!
9 e 10 - Assim as tropas das tribos de Ruben, de Gade e da meia tribo de Manassés deixaram
o exército de Israel aquartelado em Silo, em Canaã, e atravessaram o rio Jordão, voltando
para as suas terras em Gileade. Mas antes da travessia, enquanto estavam ainda em Canaã,
construíram perto do Jordão um altar grande e vistoso.
11 a 15 - Quando o restante de Israel ficou sabendo que as tribos de Ruben, Gade e meia tribo
de Manassés tinham edificado um altar, ajuntou um exército em Silo e se preparou para fazer
guerra àquelas tribos irmãs. Antes porém mandou uma delegação chefiada por Finéias, filho do
sacerdote Eleazar. Faziam parte da delegação dez altos oficiais de Israel - um de cada uma das
dez tribos. Todos eles eram chefes de grupos de famílias. Cruzaram o rio, passando para a
terra de Gileade, e falaram às tribos de Ruben, Gade e Manassés:
16 a 20 - "Toda a congregação do Senhor quer saber por que vocês estão pecando contra o
Deus de Israel, deixando de seguir ao Senhor e construindo um altar de rebelião contra Ele!
Será que a culpa do nosso pecado em Peor - da qual não estamos purificados ainda, apesar da
praga que nos atormentou - é tão pequena que vocês têm de fazer nova rebelião contra o
Senhor?! Vocês bem sabem que se fizerem rebelião hoje, o Senhor ficará irado conosco
amanhã! Se vocês acham que precisam de um altar porque o território de vocês é impuro, é
melhor que passem para o nosso lado do rio Jordão onde o Senhor se faz presente entre nós
no Tabernáculo. Vocês poderão viver junto conosco e nós daremos parte de nossas terras a
vocês. Mas nada de rebelião contra o Senhor, para trazer desgraça sobre nós, construindo
outro altar! Só um é o altar do Senhor nosso Deus! Não esqueçam a terrível experiência que
tivemos com Acã, filho de Zera! Quando Acã pecou contra o Senhor, não foi só ele que sofreu
castigo. A nação inteira foi castigada!"
21 - Aqui vai a resposta que o povo de Ruben, de Gade e da meia tribo de Manassés deu aos
altos oficiais de Israel:
22 e 23 - "Diante do Senhor, Deus dos deuses declaramos que não construímos o altar em
rebelião contra ele. O Poderoso Senhor sabe - e que todo o Israel saiba também - que não
construímos o altar para oferecer nele sacrifícios queimados nem ofertas de paz - caia sobre
nós a maldição do Senhor, se foi para isso!
24 a 29 - "Construímos o altar porque amamos o Senhor e temos receio de que no futuro os
filhos de vocês digam aos nossos: 'Que direito vocês têm de prestar culto ao Senhor Deus de
Israel? O Senhor colocou o rio Jordão como barreira entre nós e vocês! Vocês não têm parte no
Senhor!' E os filhos de vocês poderão impedir que os nossos filhos adorem e sirvam ao
Senhor! Por isso resolvemos construir o altar como símbolo, para mostrar aos nossos filhos e
para os de vocês que nós também podemos servir ao Senhor com nossos sacrifícios
queimados, ofertas de gratidão e outras ofertas; e para que os filhos de vocês não digam aos
nossos: 'Vocês não têm parte no Senhor nosso Deus.' Se eles disserem isso, os nossos filhos
poderão responder: 'Olhem a cópia do altar do Senhor, que nossos pais fizeram. Não é pois
sacrifícios queimados ou outros sacrifícios. É um símbolo da união que nós e vocês temos com
Deus.' Longe de nós, afastar-nos do Senhor, ou nos rebelar contra Ele, construindo altar para
sacrifícios queimados, ofertas ou outros sacrifícios. Somente o altar que está em frente do
Tabernáculo pode ser usado para isso."
30 - Quando o sacerdote Finéias e os altos oficiais ouviram isso das tribos de Ruben, Gade e
Manassés, alegraram-se muito!
31 - Finéias respondeu: "Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porque vocês não
foram infiéis ao Senhor como tínhamos pensado. Com isso vocês mostraram que estamos
livres da destruição pelo castigo do Senhor."
32 e 33 - Então Finéias e os outros representantes enviados voltaram ao povo de Israel - a
Canaã - e deram relatório de tudo o que tinha acontecido. Todo o Israel alegrou-se e louvou a
Deus! E deixaram de falar em fazer guerra contra Ruben e Gade.
34 - O povo de Ruben e de Gade deram ao monumento o nome de "Altar do Testemunho",
dizendo: "É um testemunho entre nós e eles de que o Senhor é nosso Deus também."

CAPITULO 23

1 - MUITO TEMPO DEPOIS, havendo o Senhor dado sucesso ao povo de Israel contra os
inimigos e sendo Josué já bastante idoso, este convocou os líderes de Israel - os chefes, os
juizes e os oficiais - e falou a todos: "Estou velho, e vocês viram tudo o que o Senhor nosso
Deus fez por vocês durante a minha existência. O Senhor mesmo lutou contra os inimigos de
vocês e deu a vocês as terras deles! Eu reparti entre vocês por sorteio sagrado as terras das
nações ainda não conquistadas, como também as terras nas nações que já destruímos. Vocês
possuirão todo o território que vai desde o rio Jordão até o Mar Mediterrâneo, pois o Senhor
nosso Deus expulsará todos os povos que nele vivem e vocês viverão lá, como Ele prometeu!
6 a 11 - "Mas tenham cuidado de seguir todas as instruções escritas no Livro das Leis de
Moisés. Não se desviem delas nem um pouco! Cuidado! Não se misturem com os pagãos que
ainda restam no território; nem sequer mencionem os falsos deuses deles, nem jurem pelos
nomes deles. Não sirvam nem adorem a esses falsos deuses! Continuem seguindo de perto ao
Senhor nosso Deus, como vocês têm feito até aqui. Ele expulsou de diante de vocês grandes e
fortes nações; e ninguém pôde derrotar vocês, até hoje. Um só de vocês basta para pôr em
fuga mil inimigos, pois o Senhor nosso Deus luta por nós, como prometeu. Portanto esforcemse
para continuar amando ao Senhor nosso Deus! Este amor vai guardar suas almas.
12 e 13 - "Se não permanecerem fiéis a Deus, se houver convivência e casamentos mistos
entre vocês e os povos pagãos, então fiquem sabendo que, com toda a certeza, Deus não
expulsará mais essas nações da presença de vocês. Em vez disso, elas serão armadilha e rede
para vocês, serão como golpes dados no fígado e como espinhos nos olhos de vocês - até que
vocês desapareçam desta boa terra que receberam do Senhor nosso Deus.
14 a 16 - "Logo vou seguir pelo caminho de todos os da terra - vou morrer. "Vocês sabem
muito bem, de coração e alma, que as promessas do Senhor Deus foram todas cumpridas.
Todas as coisas boas que Ele prometeu já são uma realidade" e nada falta. Mas tão certo como
o Senhor Deus deu a vocês todas as boas coisas que prometeu, Ele cumprirá as ameaças que
fez no caso de desobedecerem. Pois se vocês servirem e adorarem a outros deuses, quebrando
o trato com o Senhor, Deus nos varrerá desta boa terra que Ele mesmo deu a todos nós. A ira
do Senhor se acenderá contra vocês e logo estarão liquidados no próprio território que Ele
mesmo deu!"

CAPITULO 24

1 - DEPOIS JOSUÉ CONVOCOU todo o povo de Israel para comparecer diante dele. O povo e
todos os lideres, os chefes, os juizes e os oficiais. Eles vieram e se apresentaram diante de
Deus.
2 a 4 - Então Josué dirigiu-se a todo o povo dizendo: "O Senhor Deus de Israel diz: 'Os
primeiros pais de vocês, incluindo Terá, pai de Abraão e de Naor, viviam a leste do rio Eufrates
e serviam a falsos deuses. Mas Eu tomei. Abraão - pai de vocês - daquela terra além do
Eufrates, conduzi Abraão à terra de Canaã, a qual ele percorreu toda. Também dei a ele
numerosos herdeiros por meio de Isaque, filho dele. Os filhos que dei a Isaque foram Jacó e
Esaú. A Esaú dei o território que está ao redor do monte Seir, ao passo que Jacó desceu com
os filhos para o Egito.
5 - Então enviei Moisés e Arão e por meio deles lancei pragas terríveis sobre o Egito. Depois fiz
com que o meu povo saísse de lá, não como povo de escravos mas de homens livres!
6 - Mas quando iam saindo, guiados por Mim, os egípcios foram atrás, com carros e com
cavaleiros até o Mar Vermelho.
7 - Israel clamou a Mim; Eu pus escuridão entre os israelitas e os egípcios e lancei o mar sobre
estes últimos e eles foram tragados pelas águas! Vocês viram o que Eu fiz! Então Israel viveu
muito tempo no deserto.
8 a 10 - Depois Eu trouxe vocês à terra dos amorreus, no outro lado do Jordão; eles
guerrearam contra vocês; mas Eu dei a vocês a vitória: destruí os amorreus e dei a vocês a
terra deles. Então Balaque, filho de Zipor, rei de Moabe, fez guerra contra Israel e pediu a
Balaão, filho de Beor, que amaldiçoasse vocês. Mas Eu não quis dar ouvidos a Balaão. Em vez
disso fiz com que ele abençoasse vocês! Assim livrei Israel das mãos dele.
11 a 13 - Então vocês atravessaram o rio Jordão e vieram a Jericó. Os homens de Jericó
lutaram contra vocês e assim fizeram muitos outros - os amorreus, os fereseus, os cananeus,
os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus. Cada um desses povos teve ocasião de lutar
contra vocês, mas eu entreguei todos a vocês! Enviei vespões para expulsarem os amorreus e
os dois reis deles. Não foram as espadas e os arcos de vocês que conseguiram a vitória! Dei
terras em que vocês não trabalharam e cidades que não foram vocês que construíram - estas
cidades nas quais vocês estão morando agora. E vocês se alimentam de uvas, azeite e
azeitonas que outros cultivaram!
14 - “Portanto, prestem obediência e serviço ao Senhor de modo sincero e fiel. Joguem fora os
ídolos que foram adorados pelos pais de vocês quando eles viviam para lá do rio Eufrates e no
Egito. Sirvam somente ao Senhor!"
15 - "Mas se vocês não estão querendo obedecer ao Senhor, escolham hoje a quem querem
dar obediência. Será que vão querer servir aos deuses falsos dos seus pais do leste do
Eufrates? Ou aos deuses falsos dos amorreus destas terras? Quanto a mim, escutem! "Eu e a
minha casa serviremos ao Senhor!"
16 a 18 - O povo respondeu: "Nunca abandonaremos o Senhor! Nunca serviremos a outros
deuses! Foi o Senhor nosso Deus que libertou os nossos pais da escravidão do Egito. Foi Ele
que fez grandes milagres diante dos olhos de Israel. Foi Ele que nos protegeu durante a nossa
viagem pelo deserto e que nos guardou quando passamos pelas terras dos nossos inimigos. Foi
o Senhor que expulsou os amorreus e os outros povos que viviam nestas terras. Sim! Nós
escolhemos servir ao Senhor! Somente Ele é o nosso Deus!"
19 e 20 - Então Josué disse ao povo: "Vocês não podem servir ao Senhor Deus, pois ele é
Deus santo e zeloso. Ele não perdoará a rebelião e os pecados de vocês. Se vocês
abandonarem o Senhor e servirem a deuses estranhos, Ele Se voltará e destruirá vocês -
apesar de todo bem que fez a Israel!"
21 - Mas o povo respondeu: "Nós escolhemos servir ao Senhor!"
22 - "Ouviram o que vocês mesmos disseram!" disse Josué - "A escolha é de vocês; vocês
resolveram obedecer ao Senhor." "Sim", afirmaram eles, "nós somos testemunhas."
23 - "Certo," disse ele. "Então têm de destruir todos os ídolos de vocês, e têm de obedecer de
coração ao Senhor Deus de Israel. "
24 - O povo respondeu a Josué: "Sim, nós vamos servir e obedecer somente ao Senhor. "
25 e 26 - Josué fez assim um acordo com o povo naquele dia, em Siquém; levando o povo a
assumir um compromisso e a manter um contrato permanente e obrigatório entre ele e Deus.
Josué registrou a resposta do povo no Livro das Leis de Deus. Depois fez colocar uma enorme
pedra debaixo da árvore que havia ao lado do Tabernáculo do Senhor.
27 - Então Josué disse a todo o povo: "Esta pedra ouviu tudo o que o Senhor disse. Portanto,
ela será testemunha para depor contra vocês se não cumprirem a palavra!"
28 - Josué mandou então o povo para casa - cada um para a terra que havia recebido.
29 e 30 - Pouco depois destas coisas Josué morreu - aos cento e dez anos de idade. Foi
enterrado na propriedade dele em Timnate-Sera, na região montanhosa de Efraim, no lado
norte das montanhas de Gaás,
31 - Israel foi obediente ao Senhor durante toda a vida de Josué e dos homens idosos que
tinham sido testemunhas pessoais dos maravilhosos feitos do Senhor em favor de Israel. Estes
ainda viveram muito tempo depois da morte de Josué.
32 - Os ossos de José trazidos pelo povo de Israel quando saiu do Egito, foram enterrados no
lugar que Jacó tinha comprado dos filhos de Hamor, por cem peças de prata. O terreno estava
dentro do território dado às tribos de José.
33 - Morreu também Eleazar, filho de Arão. Ele foi enterrado na região montanhosa de Efraim,
em Gibeá, cidade que tinha sido dada a Finéias, filho dele.